8 de ago. de 2012

Olimpíadas da depressão (e da euforia)

E não estou falando do Brasil. O ex-atleta olímpico Juanma Iturriaga, do basquetebol espanhol, descreve como seus conterrâenos mudam rapidamente de opinião frente à obtenção ou não de medalhas na Olimpíada. Muito parecido conosco.

No nosso caso, saímos de um primeiro dia de competições achando que íamos ganhar tudo. O ouro de Sara Menezes e a prata de Thiago Pereira foram enganosos. Depois, veio uma profunda descrença, com eliminações e bronzes a granel. Com a Espanha, aconteceu o inverso. Demorou dez dias para a Espanha ganhar alguma coisa em Londres. Ontem foi o dia da redenção, com quatro medalhas logo de uma vez. Iturriaga diz 

"Pasamos del 0 al 100, de la depre a la euforia, de ser la leche de malos a ser la pera de buenos (y viceversa), del 'este año no nos comemos nada' al 'este año nos lo comemos todo' con más rapidez de la que desaparecieron millones de euros en Bankia ¿10 días para tres medallas? Pues 10 horas para cuatro." 
A ironia disso tudo é que se o futebol masculino levar o ouro, todo o resto será esquecido. Ninguém mais vai se importar com a falta de verbas para as argolas de Zanetti, com o vento, com nada. A euforia vencerá e contará a história, como falsa vencedora.

Leia o texto inteiro no site do El País

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