24 de ago. de 2012

Félix, o terceiro maior jogador da história


A seleção de 70 é o maior orgulho e também o maior fantasma do futebol brasileiro. Amamos o escrete do tri pelas belas jogadas e convincentes vitórias. Temos medo dela por conta de sua ligação com a ditadura militar e pela sombra que gela a espinha de todos as gerações de futebolistas desde então. A dúvida nunca morrerá: Será que algum dia teremos outra selação como aquela, cheia de gênios, entrosada até a alma, muito bem comandada do banco de reservas?

Discussões à parte, foi-se Felix, talvez um dos menos lembrados desse time de 70. Morreu aos 74 anos, vítima das complicações de um enfisema pulmonar. Jogou no Juventus da Moóca, na Portuguesa, Nacional e Fluminense. Além, de claro, guardar as redes na Copa do México. Félix queria o reconhecimento dos ex-atletas brasileiros. Pedia para o governo federal concedesse aposentadoria aos antigos destaques do desporto nacional. Conseguiu, felizmente.

Foi em um evento da associação dos ex-campeões mundiais do futebol que encontrei Félix em 2009. No Museu do Futebol se reuniram várias estrelas das cinco Copas conquistadas pelo Brasil. Era o lançamento de camisas comemorativas, cujos lucros seriam revertidos para ajudar os ex-jogadores em dificuldades. A ideia da pauta era fazer perguntas divertidas aos campeões. "Você já fez alguma desonestidade em campo?", "Quando foi que mais meteram a mão no seu time", eram algumas das perguntas. A melhor resposta de Félix veio quando perguntei "Qual é o terceiro melhor jogador da história?" (vá a 1 minuto e 3 segundos do vídeo). Com uma leve ironia, o ex-arqueiro devolveu: "Eu".

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