27 de ago. de 2012

Tem café pra dedéu no Brasil



Comprei os dois primeiros discos da nova coleção de CDs da Folha (comprei um pelo preço de dois) e tive uma pequena surpresa ao ouvir o volume do Frank Sinatra. A essa altura do campeonato, achei que não poderia haver novidades no velho Sinatra, mas topei com a "The Coffee Song". Se nosso país não estivesse num momento tão bom, alguém haveria de ficar ofendido com essa letra.


Primeiro, ela fala do café brasileiro. Imagino que na época em 1946 pouco se sabia sobre nós a não ser aquele velho e batido estereótipo agrossexual. Sinatra canta que " não se encontra refrigerante de cereja [no Brasil] porque todos têm de tomar sua cota [de café]; eles têm zilhões de toneladas de café no Brasil". A coisa continua, e a letra diz que os "plantadores em Santos" dizem "não" quando se pede por suco de tomate ou de batata (?). É tanto café que as garotas daqui "cheiram a coador".

Acho que seria quase impossível (quase, veja bem) que algo parecido fosse feito hoje, com todo o hype e interesse que o Brasil vem despertando. O velho "Blue Eyes"já se foi e com aqueles tempos em que nada parecia parar o domínio dos EUA sobre a cultura pop. Por isso, prefiro encarar essa música como uma piada datada. E aproveito para retrucar o bom-humor da "The Coffee Song" lembrando uma velha tirada do Monty Python sobre a cerveja dos EUA, mas que também serve para o café americano:



"American beer is like making love in a canoo. It's fucking close to water."
A cerveja americana é parecida com fazer amor numa canoa. É uma porra que parece com água (tradução livre).

Cheers, mate!

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