Em 2009, convidei cinco artistas plásticas a participar de um desafio para o site da Trip: produzir (ou nos mandar) um auto-retrato sensual, feito do mesmo jeito que elas fariam uma obra. Marcela Tiboni, Cris Bierrenbach, Luiza Crosman, Fernanda Alexandre e Adriana Affortunati enviaram diferentes versões do que achavam ser a relação entre arte e sensualidade.
O que eu mais gostei foi o da paulistana Adriana Affortunati. Ela tem feito experimentos com costura, mas para essa matéria, ela teve uma ideia muito legal e acabou decidindo fazer um vídeo. O tempo todo ela brinca com a ideia de que o mistério faz as vezes de osso da sensualidade. Desabotoa-se para nunca revelar, as transparências só sugerem. Não dá para ter certeza de que estamos vendo o que estamos vendo (seios), apesar de querermos acreditar nisso.
Mais fortes são as palavras. Ao invés das mãos tocarem a pele, a caneta marca o corpo enquanto ele se desvela e se cobre de novo. Falar é mais importante do que agir? Falar com alguém que é um objeto sensual é escrever palavras em seu corpo, provocar reações mesmo sem usar as mãos? Acho que sim:
25 de mar. de 2010
Arte sensual em auto-retrato
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Unknown
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