27 de jun. de 2011

O filme dos Foo Fighters


Sendo sincero: em 1991 eu tinha sete anos. Por mais que eu quisesse, ainda não podia apreciar o Nirvana em toda a sua rebeldia adolescente (embora já gostasse de Faith No More). Então, a banda que realmente atravessou minha jovem existência roqueira não foi a do trágico Kurt Cobain (embora eu me lembre do dia em que ele morreu) e sim os animados e pop Foo Fighters. Mais do que isso, virei fã deles ao longo destes meus 27 anos e 17 deles.

Saiu em 2011 "Back and Forth" o ótimo documentário sobre a carreira da banda, que não consegue lançar discos ruins, embora nunca tenha lançado nenhum genial. Justamente essa característica dos Foos é a guia do filme. Uma banda que caminha bem no meio termo sem ofender ninguém, mas sem perder a sinceridade. O Foo Fighters nunca quis ser nada mais do que diversão com guitarras barulhentas, pop rock de qualidade sem pretensão de quebrar barreiras estéticas ou estabelecer novos padrões líricos nas letras. Diversão.


E o documentário mostra que o negócio de Dave Grohl sempre foi se divertir, levando a sério o que tem de ser levado a sério. Na hora de gravar o segundo disco, não hesitou em mandar embora o primeiro baterista da banda, que não conseguia gravar sua parte da maneira certa (ou como Grohl queria). Conforme os Foos foram crescendo, a seriedade aumentou e também as trocas no palco. Pat Smear saiu, Taylor Hawkins entrou, Pat Smear entrou.

Nessa toada vai todo o filme, que conta com depoimentos de todos os integrantes e ex-integrantes da banda. E não pense que os ex-membros pouparam críticas á frieza de Grohl na hora de mandar gente embora. E, mais incrível, que os depoimentos negativos entraram na edição final do filme. Mais uma prova de que Dave Grohl leva sua banda e seus fãs a sério, mas apenas o suficiente, sem querer virar uma diva do rock. Ou um mártir.

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