Greil Marcus falando sobre um show de Bruce Springsteen & The E Street Band. O show ao qual ele se refere foi em 7 de julho de 1978, o texto foi publicado em 2 de julho de 1979:
Esse vídeo não é o do show mencionado, mas foi gravado no mesmo ano, 1978.
Quando Max Weinberg bate sua baqueta no aro do tambor, quase no fim de "Racing in the Street", a gente acha que pode sentir a textura da madeira; o baque do bumbo fez portas baterem na minha casa. A banda não está tocando para você, você está dentro dela, sacando as deixas de um músico para outro, entendendo pela primeira vez como o piano de Roy Bittan comanda a música, a maneira como o órgão de Danny Federici o apóia, desenhando uma história que não teria nenhum sentido sem o enquadramento de Bittan. (...) ... a sintonia deles é absoluta. Eles dão a Springsteen a liberdade de correr solto, de soltar vocais e guitarras heróicas, mas que você pode agora escutar; são acima de tudo, produto da amizade, da confiança mútua. Mesmo nos melhores discos ao vivo, os músicos geralmente soam como profissionais contratados; aqui, eles soam como criadores.
(Greil Marcus, "Ao vivo no Roxy", in A Última Transmissão, Editora Conrad, 2006)
9 de jul. de 2009
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