11 de fev. de 2010

Drunk punks

Colaboração para o blog dos Fura-brejas

Pegue o elenco de Lord of the Dance e entuche-os de incontáveis pints de cerveja e doses de uísque. Depois, rasgue suas roupas, quebre seus dentes, coloque guitarras, sanfonas e bateria em suas mãos, jogue todos em cima do palco cantando e pulando ao mesmo tempo. Eis o The Pogues, uma das bandas mais beberronas (e orgulhosas disso) que o rock já colocou em nossos copos.

Misturando o punk com música tradicional irlandesa, Shane McGowan (vocais) leva tão a sério sua vocação para beber que mais de uma vez sacrificou shows por causa do álcool – já deu cano até quando a banda abria para Bob Dylan. Formados em Londres em 1982, o nome original deles, Pogue Mahoney, quer dizer “kiss my ass” (nem vou tentar traduzir para o português). Dá para começar a entender do que os Pogues se tratam.


O disco deles que ficou mais famoso (e o melhor) é o clássico If I Should Fall From Grace with God . São 13 faixas para beber, brigar, abraçar os amigos e pular. A faixa Fairytale of New York chegou a ficar em segundo lugar na parada britânica (e foi parar na trilha do filme P.S. Eu te amo), um grande feito para uma banda de interesses tão específicos (porém tão universais).

The Pogues já abriram para o The Clash, já tiveram Joe Strummer nos vocais por menos de um ano, já foram e voltaram várias vezes. Acabaram em 1996 para voltar cinco anos depois, ainda nadando em Streams of Whiskey. Shane McGowan, tão bêbado quanto antes e mais feio do que nunca, ainda lidera a banda mais etílica de que se tem notícia.

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