Ninguém sabe
Ouve-se
Hesito em pronunciar
Balbucios;
Prevejo
Ecoam sem cessar
Nos poemas
Cigarros apagados,
Copos longos, as
Partidas abstratas
Estamos e não estamos
Estou ficando surdo;
Sussurro
Doem as pernas
Mais um cigarro
E pronto:
Confissões
Capítulos deslocados
Contextos apagados
Copos longos, cigarros acesos
Lábios úmidos
Descaso
Tudo foge
Fico ali parado,
Balbucio e espero
Não escrevo
Torno a metaforizar
Baforadas
Cumplicidade
Não se sabe
De onde vem a culpa
Copos cheios
Cigarros longos
Filtros de palavras
Troco as palavras
Sinto braços
Silêncio, balbucios
Consoantes emperradas
Viro o pescoço
E olho a fumaça
Copos
Longos e vazios
Garrafas cheias
Baforadas e risadas
O silêncio sufoca a palavra
Só eu falo
Balbucio
Acendo o cigarro
Pouso o copo
Sobre a perna
Erro o elogio
Balbucio com
O corpo
Falo de menos,
Silencio
Mais um copo
Mais uma noite
Fuga
Engulo o almoço sozinho
Ao lado do espelho;
Espalho
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Um comentário:
gostei desse!
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