Jason Bailey faz na The Atlantic a velha (e pertinente) pergunta que flutua depois da tragédia de Aurora, no Colorado: A culpa desse incidente é do Batman? Ou seja, a obscura e violenta série de filmes do homem-morcego induziu aquele rapaz perturbado a planejar e executar um plano de matanças?
Essa pergunta se repete toda vez em que vemos algum limite de civilidade sendo cruzado, para nosso choque. O videogame e o cinema sempre levam a culpa (o rock já esteve nessa posição), talvez por serem os dois principais arrecadores da indústria do entretenimento. Ou será que essas tais imagens violentas levam mesmo pessoas a fazerem o que aconteceu em Aurora? Será que a atuação de Heath Ledger como o Coringa puxou a balança de James Holmes para o lado da insanidade?
O artigo de Bailey opina que não, que apesar de muitas vezes as acusações se multiplicarem quando eventos dramáticos parecem estar vinculados a fenômenos culturais, essas manifestações em forma de filme, clipe ou game são nada mais do que espelhos de nós mesmos. O raciocínio é o de que a sociedade produz os indivíduos, que produzem a sociedade e arte que é parte dela. Estou com Bailey nessa.
Será que Goebbels, Georg Simmel e Guy Debord concordariam?
31 de jul. de 2012
27 de jul. de 2012
Você perdeu essa semana
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"Tesouro, o mundo um dia vai ser seu!" |
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25 de jul. de 2012
Chegou a vez dos anos 50
Escrevi no ano passado uma reportagem falando sobre a força que a tendência retrô tem ganhado nos últimos anos. Parece que o capacitor de fluxo do Dr. Emmet Brown não terá descanso tão cedo. Veja, por exemplo, essa faixa da banda estreante The Yearning. Cuspida e escarrada, é uma faixa de doo wop dos anos 50:
Já existia uma outra banda que bebe nessas fontes, os escoceses do Glasvegas. Mais roqueiros, dão um toque meio emo a melodias feitas a la Paul Anka:
Outro indício de que a onda retrô avançou outra década em direção ao Big Bang é o lançamento de "On The Road", filme baseado da obra homônima de Jack Kerouac, lançado em 1957.
Como não entendo de moda, ainda não sei identificar se a tendência é a mesma, mas imagino que sim. Mal posso esperar pelas próximsa lufadas de ar retrô. Anos 40, 30, 20? Chegaremos aos tempos bíblicos?
Já existia uma outra banda que bebe nessas fontes, os escoceses do Glasvegas. Mais roqueiros, dão um toque meio emo a melodias feitas a la Paul Anka:
Outro indício de que a onda retrô avançou outra década em direção ao Big Bang é o lançamento de "On The Road", filme baseado da obra homônima de Jack Kerouac, lançado em 1957.
Como não entendo de moda, ainda não sei identificar se a tendência é a mesma, mas imagino que sim. Mal posso esperar pelas próximsa lufadas de ar retrô. Anos 40, 30, 20? Chegaremos aos tempos bíblicos?
20 de jul. de 2012
Tira da sexta - Calote
Não vou nem tentar explicar essa tira nova do cartunista paulistano Calote. É impossível saber de onde vem ideias tão "sadias". Clique para aumentar.
Visite o blog do Calote: noprimeiroandar.blogspot.com.br
E leia a entrevista que fiz com o rapaz
Visite o blog do Calote: noprimeiroandar.blogspot.com.br
E leia a entrevista que fiz com o rapaz
Postado por
Unknown
19 de jul. de 2012
Se o Ray Charles fosse roqueiro
No começo de julho foi lançado o novo vídeo da banda britânica The Heavy. É o primeiro single do seu segundo disco, que vai se chamar "The Glorious Dead". A música do vídeo acima se chama "What Makes a Good Man", e na minha opinião, segue a linha musical do grupo, uma mistura de soul e rock. É como se o Ray Charles tivesse gravado com os Rolling Stones. Algo assim.
O The Heavy não chamou a atenção da crítica nem do público brasileiros, mas é uma banda com forte potencial para agradar a vários públicos e até para virar trilha sonora de comerciais espertinhos por aqui. Depois de uma sequência de cantoras imitando as divas do soul dos anos 60, a tendência agora parece ter se espraiado para os conjuntos. Exemplos disso são os próprios The Heavy, Alabama Shakes e a recém-saída do forno JC Brooks and The Uptown Sound. Qual será a próxima década a ser resgatada?
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