É manhã
Da esquerda para a direita
Vetor fluido e congelado
Raios em sentido horário aos pares para quem vem
E para quem vai
Nas margens, tanto faz
Esquerda, direita, vértices
Inércia
Pernas arqueadas empurram rodas do caos,
Deixam pelas calçadas o medo da falha
Cessam os raios, esquerda, direita
Vértices marcados no chão
A faixa de pedestres some como um portal
Em posição de vigília, como um pavão sem sua senhora
Empoleiro-me na noite e espero chegar em casa o sono
Guardo os vértices sem me preocupar com o que virá em seguida
Cegam-me mesmo de longe os olhos apressados de coisa alguma:
Zerou-se o estoque de surpresas da madrugada - ficaram pela Augusta, ou quem sabe Barra Funda
Paz interrompida às duas da manhã por um filho da puta andando na contramão
26 de jan. de 2010
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