Mas nem por isso deixo de acreditar no potencial dessas marchas, ocupações, revoltas. Sou, antes de tudo, um defensor da democracia, assim como a italiana Nadia Urbinati, cientista política da Universidade de Columbia, que fica na mesma Nova York da Wall Street ocupada.
O mundo quer repensar a política e, inevitavelmente, a democracia.. O medo de autoritarismos nunca deve ser subestimado, mas todos esses protestos estão fazendo com que a fé na democracia se reacenda. Com fé na "voz do povo", cito um trecho do livro "Representative Democracy - Principles and Genealogy", escrito por Urbinati (tradução encontrada no texto de Cícero Araujo):
"A representação política... não é meramente simbólica e não deve ser confundida com a função do chefe de Estado de representar a unidade da nação. O órgão sensorial correspondente é antes o ouvido do que o olho, pois as idéias são sua forma, não sua existência física, e a voz é visibilidade, não a presença permanente"
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