22 de dez. de 2011
Feliz Natal esquisito
O Natal não é legal pelos motivos religiosos. Nem pelas decorações que infestam a Paulista. Talvez os presentes, mas esses também criam uma pressão que leva namoradas e mães à loucura. A maior qualidade do Natal é ser uma marca de que o tempo está passando e mais um ano (finalmente) se vai. É por isso que em dezembro gosto de montar minha árvore, comer meu chocotone e ouvir minha cota de música natalina. Em 2011, o Quebra-Nozes tem uma bela companhia.
O meu primo e artista americano Eldridge Rodriguez lançou este mês um EP natalino chamado "Christmas on the Allston-Brighton Line". São três faixas para a "mais maravilhosa época do ano", mas com uma abordagem distinta da nossa Simone. A mágica da "festa cristã" está na pequena crônica "Christmas Eve (At Old Country Buffet)", a história de uma ceia que não caiu muito bem e será lembrada até o ano-novo: "They gave a present, now I’m returning it" ("Me deram um presente, estou devolvendo").
Eldridge não tenta cravar o novo "Papai Noel filho da puta". Ele apenas escolheu os lados menos gloriosos da Noite Feliz, sem apelar para a heresia. Para quem gosta do Natal como eu gosto, é o presente perfeito.
Para ouvir e comprar as faixas desse disco, clique aqui
Eldridge Rodriguez - "Christmas on the Allston-Brighton Line"
Gravadora: Midriff Records
Preço: US$ 2,99
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21 de dez. de 2011
Para gostar de escrever
Quem gosta de escrever, gosta de escrever e pronto. Por mais que se dê melhor em alguma forma de expressão específica (poesia, crônica, romance, reportagem), a afinidade com as palavras é algo quase espiritual. Por isso, indico um livro simples, mas cheio de referências: Cartas a um jovem escritor, do Mario Vargas Llosa, ganhador do Nobel de literatura.
Ele se dedica mais ao romance, já que essa é sua Joaquina. Mas os conselhos são proveitosos para qualquer um que admire a dura tarefa de escrever, mesmo que seja olhando de fora. Ele analisa todos os elementos que compõem os grandes livros. Como o autor situa seu narrador, se há histórias interrelacionadas, como podem haver câmbios na perspectiva. Foi tanta a empolgação que Llosa passou que acabei comprando Madame Bovary, de Flaubert, romance que nunca li e que é muito elogiado nas Cartas.
Parece que está difícil de achar esse livro. Na Livraria Cultura está esgotado; no Submarino também. As Americanas dizem ter. Só há três exemplares na pesquisa da Estante Virtual custando a mesma coisa ou mais do que um novo.
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Escrevendo em gringo
Nunca contei por aqui, mas inaugurei um blog em inglês há algum tempo. Comecei a fazer isso porque uma amiga canadense sempre me pergunta um monte de coisa sobre o Brasil. Achei uma boa ideia colocar tudo em pequenos textos e compartilhar com mais gente. Quero que o Brazilian Dish sirva de guia para que os gringos entendam um pouco mais do nosso país. Vou manter uma linha parecida à que temos aqui: música, política, arte... Por exemplo, lá já falei sobre o Criolo, o Steve Jobs e o PSDB. E ainda vai ter muito assunto.
braziliandish.blogspot.com
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2 de dez. de 2011
Dentro da caixinha
Achei esse mini-documentário sobre uma livraria em Indiana chamada Boxcar Books. Mantida por voluntários, ela serve mais como centro comunitário do que como loja. Aliás, trata-se de uma organização sem fins lucrativos, apesar de ser mesmo uma livraria. Uma frase de um dos voluntários resume tudo: "É um lugar para as pessoas se sentirem bem-vindas". Engraçado, não é assim que me sinto na Livraria Cultura. Principalmente nas tardes de sábado.
Assista ao mini-doc
E ouça uma canção que tem "boxcar" na letra:
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