31 de jul. de 2011

O dilema de Tostines

Essa piada faz mais sentido nos EUA, um país com pouquíssima interferência do governo em assuntos que envolvem empresas e investimentos privados. Mas serve para o Brasil também.


Via Social Design Notes e Mimi and Eunice

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29 de jul. de 2011

E agora, Tio Sam?

Os jornais e portais não param de falar sobre o possível (embora improvável) calote que os EUA estão prestes a aplicar no mundo. Mas será que todo mundo sabe do diabos se trata isso? E por que raios isso importaria para o resto do mundo? Juntando informações aqui e ali, compilei um P&R (pergunta e resposta, não Paulo Ricardo) com as principais dúvidas que eu e meus semelhantes temos sobre essa crise que se avizinha. O dia 2 de agosto (terça) é a data para a resolução ou confirmação dessa crise política e - quem sabe - econômica.


Para o pessoal não ficar muito tenso (é importante manter o bom-humor em situações difíceis), compilei cinco canções sobre falta de grana que pode ser ouvida enquanto se lê este post:




***Leitores economistas: sintam-se à vontade para apontar os enganos que eu possa ter cometido.

O que é a dívida americana?
É o dinheiro que os EUA devem a diversos credores (quem empresta). Esse dinheiro é usada para manter a União americana funcionando: pagar salários, outros empréstimos, dívidas em geral.

Por que isso virou um problema de repente?
Porque os EUA tem um mecanismo que diz que o Congresso precisa aprovar um limite maior de endividamento do país (o Brasil não tem, por exemplo; o governo pode se endividar mais sem a aprovação explícita do Congresso, mas todo ano presta contas a ele). No caso dos EUA, esse limite (14,3 trilhões de dólares) foi atingido. Para que o governo possa contrair mais dívidas, é preciso autorização dos Deputados e do Senado. O problema é que os republicanos decidiram jogar duro para deixar isso passar no Congresso e agora pedem que também sejam aprovados cortes de gastos que - segundo eles - são altos demais na gestão Obama. Os cortes exigidos teriam de ser feitos em programas sociais do governo, uma das principais bandeiras de Obama e algo que os republicanos abominam.

Até quando isso tem de ser resolvido?
Até terça que vem.

E se não houver acordo?
Os EUA não poderão pagar todas as suas dívidas porque não poderão tomar dinheiro emprestado, já que não poderão tomar novos empréstimos. Terão de escolher entre pagar seus credores internacionais e pagar salários de militares e aposentadorias. 

Onde está essa dívida?
Em vários lugares. Em títulos do tesouro americano, que estão espalhados nas mãos de pessoas, governos e empresas. Esses títulos são uma outra maneira de os EUA arrecadarem dinheiro, para além dos impostos. E outros países, como a China, que é o maior credor estrangeiro dos EUA. 

Por que tanta dívida?
Bom, em primeiro lugar, a crise de 2008, que fez o governo americano gastar trilhões de dólares para salvar bancos e garantir que o país não entrasse numa crise ainda mais grave. Depois, há as duas guerras em curso: Iraque e Afeganistão que, estima-se, já custaram 4 trilhões de dólares desde 2001. 

Qual é o problema de não pagar a tal dívida?
Os EUA perdem a confiança do mercado. Mais ou menos o que está acontecendo na Grécia, que teve de fazer um corte nos gastos públicos para poder se endividar mais e tomar um empréstimo no FMI. No caso do Brasil, como temos muito dinheiro de nossas reservas investidos nesses títulos do tesouro, seria particularmente ruim. Teríamos de procurar outras alternativas de investimento. Mas isso está ficando cada vez mais difícil, já que o mundo ainda não se recuperou da crise de 2008. 

Então pode ser que os EUA deem calote?
Na teoria sim. Muita gente duvida disso, já que o país tem a principal economia do mundo. Esse drama todo pode ser só uma jogada dos republicanos para pressionar Obama.

27 de jul. de 2011

Quanto custa entrar em guerra?


Sempre vemos os números* por aí dizendo que as guerras dos EUA no Afeganistão e Iraque consomem milhões por dia, que já comeram "xis" bilhões do orçamento americano, mas nunca foi tão palpável entender esses números como agora. Primeiro, pelo possível calote que os EUA darão em seus credores, caso o Legislativo do país não aprove o aumento do teto da dívida do país.

A segunda razão é uma consequência da primeira e foi apontada pela New Scientist que, em causa própria, aponta as perdas que a ciência do país terá caso os EUA entrem mesmo em moratória. Já se especula que o substituto do telescópio Hubble, o James Webb, seja deixado de lado. A longo prazo, pergunta Lawrence Krauss, qual será o tamanho da perda para a "liderança técnica" dos EUA, já que orçamentos para pesquisa ficarão menores? Será que esse é o primeiro passo da entrada dos EUA no "terceiro mundo"?

Leia o artigo na New Scientist

*O total, segundo o relatório "Costs of War", é de 3,2 a 4 trilhões de dólares

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26 de jul. de 2011

Os irmãos estão em baixa


Logo que as revoltas começaram no Egito, analistas demonstraram preocupação em relação a um grupo político do país. A Irmandade Muçulmana (que tem versões em diversos países árabes e muçulmanos) é, na visão de quem comenta o Egito, uma grande ameaça à nova "democracia" do país africano, uma ameaça à democracia laica e livre de restrições islâmicas fundamentalistas.

Pois não é bem isso que mostram as pesquisas de opinião e popularidade, como relatou a The Atlantic. Essa é a escala da aprovação do partido:


Como bem nota o autor da matéria, Max Fisher, a aprovação da Irmandade sobe apenas dois pontos a partir da queda de Mubarak. E isso se deve, segundo ele, ao fato de essa organização ser de fato um dos únicos polos de convergência política, ainda que pouco popular.

Fato é que a revolução ainda está longe do Egito e uma coisa preocupa: a ausência de outras organizações capazes de mobilizar grupos de pessoas com interesses comuns no país. Os conflitos entre muçulmanos e cristãos e a pouca influência da Irmandade Muçulmana apontam para uma duração longa da tutela militar da política egípcia. Sim, porque esqueceram de mencionar também que a "revolução" levou a um governo militar que não alterou em nada a estrutura política do país. Mas isso fica para outro post.


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15 de jul. de 2011

Tune Yards ao vivo


Topei com esse vídeo da minha atual banda favorita (Tune Yards) tocando em Nova York ontem, perto do Rio Hudson. Merril Garbuls é foda mesmo, caramba. A música é "Killa", a última do show. Love you, Merril.

Pixies + Thin Lizzy


Não gosto de mash-ups, mas este aqui ficou muito legal. É uma mistura de "Monkey gone to heaven" e "The boys are back in town". Esse tal de Phil RetroSpector sabe das coisas.

Thin Lizzy vs Pixies - The Boys Are Back In Heaven from Phil RetroSpector on Vimeo.

7 de jul. de 2011

Milagre! (?)


Segundo conta a The Atlantic, a venda de discos (físicos, os CDs e vinis), aumentou 1%. Não ria ainda. É a primeira vez em sete anos que se registra qualquer tipo de alta nesse segmento. Será que as coisas estão se acomodando? Será que a RIAA vai parar de processar velhinhas desavisadas?

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