20 de abr. de 2011

Árabe da semana

Indicação de amigos, é o Saj, na Vila Madelena. Não é caro e não tenta inventar com comida árabe, que é sagrada. Vale a pena experimentar a esfiha de zaatar,  excelente. Tudo é muito bem feito. E, muito importante, não é caro.

www.sajrestaurante.com.br

19 de abr. de 2011

18 de abr. de 2011

Pode comprar



Eu aceito o seguinte presente: alça de couro para enrolar no caderninho e encaixar canetas.
Só faltam 9 meses para o meu aniversário.

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Estreia o blog Constelação


Eu e meu irmão José Rodrigo Rodriguez resolvemos inventar mais uma: Constelação.

É um blog que elege um tema e junta pequenos textos relacionados. Por exemplo, escolhemos o cartunista Laerte Coutinho como nosso homenageado na primeira edição. O que fazer a partir daí? Pensar no que tem a ver com ele. Arte? Crossdressing? Ativismo político? Humor? Desenho? O resultado é o nosso número zero, que está no ar.

São seis textos ao todo. O próprio Laerte participa, comentando um site de lingerie para homens. Nosso lema é "textos curtos, ideias longas". É isso mesmo. Fazer pequenos textos sobre coisas que sejam complexas. Apresentar as coisas, comentar rapidamente alguns fatos, livros, o que for.

Prazer em conhecer, somos o Constelação.
http://constelacaoblog.wordpress.com

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17 de abr. de 2011

Domingo

No caminho para os anos rebeldes
 Completa com brigadeiro, por favor

14 de abr. de 2011

Tune Yards é o que há

Depois de ouvir bastante o disco novo do Tune Yards, "whokill", já tenho uma noção da importância dessa banda no rock atual. Acredito que o gênero só sobreviverá se aceitar que existem outras coisas legais que têm a ver com ele. Tanto em jeito de fazer as coisas (agressividade, secura), quanto musicalmente (estruturas simples, batidas repetitivas). E o mais legal é que o rock consegue rico pra caramba mesmo assim. Abrange as mais diferentes visões de mundo e estética, raciocínios lógicos. Serve tanto para poetas quanto para gente tosca que quer se expressar.

Para mim, o Tune Yards é um índice disso. Nada mais do que batidas fortes e repetitivas sobre linhas de baixo oscilantes, a voz de Merril Garbus rasga as melodias quase imperceptíveis das faixas. Ela prefere construir as harmonias usando notas simples e principalmente a voz. A guitarra é quase percussão em "whokill", pontuando batidas.

Falando em voz, que voz. Sinceramente, andava cansado dessa moças e moços que cantam como se estivessem prestes a desmaiar. Uma sensibilidade forçada e nada honesta. Merril, por outro lado, canta como uma blueswoman do século 21. Força a barra, margeia o grito, sobe e desce sem se preocupar com a cadência. Suas palavras comandam a canção.  A única concessão que sua voz faz é à batida, que protagoniza quando não atrapalha. Que voz. Rasgada, metálica, rápida e fluida.

É fora da curva, ainda que não tanto. O suficiente, eu diria. Um grande mérito conseguir isso hoje, tempos de pouca inspiração que andam voltando muito ao passado para legitimar um futuro que se não parece obscuro, é uma grande dúvida. Uma dúvida que incomoda demais. Melhor fazer como os Tune Yards, que não inventam resposta, mas inventam perguntas novas. O que é o rock?

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Veja o vídeo de "Bizness", feito pela Autofuss. O brasileiro e amigo Pedro Henrique Figueira trabalha lá e ajudou a fazer o clipe.

13 de abr. de 2011

Rápidas sobre o U2


Hoje tem a saideira do U2 no Brasil. Estive lá no sábado, cobrindo pela Folha e vou dar alguns detalhes do que vi.

Show
Muito bom, equilibrado, levanta o estádio na hora certa e baixa a poeira quando é necessário. Deve ser muito difícil ser uma banda de arena.

Visual
Lindo. A tecnologia não atrapalha a música e fica sempre um passo atrás dela nessa turnê do U2. Eu vi muitas referências aos filmes "ET" e "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", mas pode ser coisa da minha cabeça.

Muse
Usam todo o som da estrutura,. Bem diferente de outras banda de abertura, que se veem limitadas a metade (quando tanto) do volume. Mas continuam bem chatos, apesar da potência e dos decibéis.

Lojinha*
Estranha. No sábado, além de esfaquear os fãs e oferecer camisetas feias, cobrava a mais quando se pagava com cartão. Em espécie, sai por R$ 70. No cartão, R$ 73. "Ordens do chefe", disse a vendedora. No domingo*, conforme informa a colega de profissão Jéssica Grant: "No domingo as camisetas já tinham abaixado pra 60 reais e ninguém cobrava a mais".

Banheiros
Limpos, não tão cheios.

Táxis*
Resolveram extorquir a galera. Tinha gente pagando R$ 180 para ir até Santo Amaro. Rádio-táxi também é impossível. Melhor tentar pegar ônibus na Franciso Morato e ir para a Paulista (ou Pinheiros). Mais uma vez, Jessica Grant complementa a dica: "E antes da Francisco Morato tem vários Praça Ramos saindo, é o que mais vale a pena do que andar até lá".

Comida
Preços absurdos de sempre. Vale mais a pena bater um lanche mais tarde, depois do show. A cerveja estava no preço padrão de megaeeventos: R$ 6

Orientadores

Sabe essas pessoas que ficam com camisetas coloridas te dando informações sobre os portões de entrada? Ganham R$ 50 por dia de trabalho. Conversei com um grupo de dez no sábado. Não ganham condução. Almoçam e têm água à disposição em uma jornada de pelo menos 12 horas.

*Atualizado

12 de abr. de 2011

Arcade Fire


Primeira entrevista de peso no emprego novo: Tim Kingsbury, do Arcade Fire. Ele falou sobre como a banda espera que vida pós-Grammy será. Cara gente boa. Saiu na semana passada, demorei para postar aqui. Esse link está aberto a todos, não só UOL e Folha:

"Não sei por que votaram em nós, mas estou feliz. Foi reconfortante saber que tantas pessoas da indústria em Nashville e Los Angeles, onde seja, estão nos ouvindo", disse à Folha Tom Kingsbury, baixista e guitarrista.



Após ganhar Grammy, Arcade Fire quer ser o "próximo REM"

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11 de abr. de 2011

Tune Yards: "whokill"

Esse eu recomendo e recomendo mesmo: Tune Yards lançou disco novo. Numa vaibe "blog hype", vou dizer que é uma orgia de batidas eletrônicas (mpc) com ukuleles, guitarras e um cantora que parece tirar sarro de quem ouve. Sério, baita som. Quem gosta de música original tem de ouvir, até para não gostar.

A NPR está com o álbum todo em formato de transmissão (para fugir de "streaming"). "whokill" é som da nova década. Eu acho. O Tune Yards é minha aposta para os próximos anos, junto de The Black and White Years e Crystal Fighters.

Ouça "whokill", dos Tune Yards

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6 de abr. de 2011

Rei Cauby

A maior parte do show ele passa sentado em uma cadeira de escritório, cercado por um baterista habilidoso, um baixista que toca violão e um tecladista maestro que se irritou com o som do Bar Brahma algumas vezes. Impossível não notar a pequena mesa redonda de pés finos e sinuosos que leva um pano vermelho, uma taça de água e flores brancas dentro de um vaso.

Ele, um senhor de quase oitenta anos, compensa com a voz o que o tempo anda tomando de seu corpo. Mesmo precisando de ajuda para chegar ao pequeno palco no canto do salão, Cauby Peixoto é imponente. Sentado, sempre sentado, descarrega com a voz a imagem que eu tinha dele, de um senhor com jeito de trovão. O corpo não corresponde, apesar das vestes vermelhas cor de sangue, dos olhos firmes e da pele impossivelmente lisa para alguém de sua idade.

Já vi shows de artistas novos, velhos, em fim de carreira, no auge. Cauby tem uma coerência que assusta. Não está no fim da linha, apesar de seu repertório consistir de standards da música americana e brasileira - "Conceição" não faltou.

Mas Cauby não deixa o número empoeirar. Aponta o microfone e, firme, segura a onda de um salão quente, com som ruim e microfonia reinante. Elegantemente, como nenhum outro, desfia a uma hora de show como se estivesse num estádio, numa apresentação em San Remo. Fala francês, inglês, murmura brincadeiras com a banda em português, acena para as senhoras assanhadas das primeiras filas.

Não cresci com Cauby, mas tinha de vê-lo, de ouvir o trovoar de seus cabelos, ousadamente compridos e encaracolados para um senhor tão elegante. Um quê de Blowup, de Fellini, não sei.

Cauby é rei de outra era, sim, mas ainda hoje faz por merecer a majestade, ainda que a tenha perdido para um crooner mais novo, com mais brasa para queimar. De outras terras, tempos e nobrezas, mas Cauby é, sim, rei.

CAUBY PEIXOTO NO BAR BRAHMA
Quando: segundas, às 22h30
Onde: av. São João, 677 (esquina com a Ipiranga); tels.: 11 3333-3030, 3367-3601, 3367-3602, 3367-3603, 3367-3604
Quanto: R$ 68 (couvert; reserve com antecedência)

5 de abr. de 2011

Muito rápido

Para provar a capacidade de concisão, característica-símbolo do punk em seus primórdios, posto aqui um show do Ramones. São 26 músicas em 54 minutos, um colosso de rapidez. O cálculo mostra 2,07 minutos para cada faixa. Essa “prática” vem de tempos mais antigos e não menos concisos. Buddy Holly é um exemplo de artista que raramemnte saía da casa dos dois minutos. Dos anos 80 para cá, pode-se citar os Pixies (fãs confessos de Hüsker Dü, punks americanos, além de Holly) e o Times New Viking. O punk não morreu.


4 de abr. de 2011

Beethoven - "Eroica"



Escrita em 1804, a terceira sinfonia de Beethoven. Era originalmente destinada a homenagear Napoleão Bonaparte. Mas não foi.



Leia mais.

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Bootlegs do Joy Division e New Order

Aproveite enquanto pode: um blog está postando gravações "bootleg" de shows do New Order e Joy Division. A maioria é dos anos 80 e os arquivos são de ótima qualidade: estão em FLAC (o que pode ser um problema ao converter). Clique aí embaixo e volte aos anos de glória do pós-tudo.

joydivision-neworder.blogspot.com

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2 de abr. de 2011

Gilliam is God



Esta é uma informação (não confirmada) mais do que indireta: o Dangerous Minds diz que o historiador Domenic Priore diz que o vídeo acima é um comercial feito pelo diretor e ex-Monty Python Terry Gilliam. O estilo é o mesmo, de fato, mas nada indica que seja mesmo uma obra do único Python americano.

Para quem não sabe, Gilliam dirigiu filmes fantásticos como "Brazil", "12 Macacos" e "O Imaginário do Dr.Parnassus". Veja abaixo as animações que ele fazia para o "Monty Python's Flying Circus", o mais importante programa de humor televisivo da história (verdade!).