28 de fev. de 2011

Pancada da segunda

Segunda pós-Oscar, com muitos "haters" falando mal de "O discurso do rei" e a família Toy Story indignada com o fato da animação não ter levado Melhor Filme. Com uma leve moleza e um fio de dor de cabeça, recomendo a todos que estão de frescura hoje o (excelente) coverque o Skunk Anasie fez da clássica "Search and destroy", dos Stooges. A faixa é parte da trilha sonora de um filme. Já animou minha semana,

25 de fev. de 2011

Música para uma #followfriday


Da revelação de 2010 Crystal Fighters, a sensacional "Follow". Boa para empolgar no trabalho, boa para ouvir no carro indo para a balada. Também somos filhos de deus. Piadinha óbvia, mas fazer o quê? O fim de semana está chegando e o cérebro vai se desligando sozinho.


24 de fev. de 2011

Mais uma do Elbow

Eles lançam disco novo em breve (07/03) e mais uma música foi divulgada. Especialmente para o The Guardian, a banda tocou "Jesus is a Rochdale girl" e o vocalista Guy Harvey explicou como escreveu a canção. Por essa segunda faixa, dá para perceber que o Elbow está envelhecendo muito bem, sem pirar demais no experimentalismo nem tentar ser pop demais. "Jesus is a Rochdale girl" tem uma levada folk sem surpresas e uma melodia com poucas notas. Ainda não deu tempo de prestar atenção à letra, um dos pontos fortíssimos de Harvey. Mal posso esperar por build a rocket boys!

22 de fev. de 2011

Beleléu no iPad

A revista carioca Beleléu lançou essa semana um aplicativo para ser baixado no iPad. Custa 2,99 dólares e traz o primeiro e único número deles. Isso não quer dizer que estejam parados. Os blogs dos quatro mosqueteiros estão sempre atualizados e suas participações em jornais e revistas pelo Brasil tem ficado cada vez mais intensas.

Quem quiser baixar o app da Beleléu, é só ir até ao iTunes.

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21 de fev. de 2011

Momento Gene Wilder



Do filme O Jovem Frankenstein, de 1974.

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Elbow de volta


Quando vou apresentar o Elbow aos amigos ou à namorada, gosto de usar a seguinte descrição: "É um Coldplay que toca música de verdade". Sim, porque essa é uma banda de verdade, que faz músicas suficientemente pop com arranjos suficientemente sofisticados para não não parecer que querem imitar o Radiohead.


O Elbow nunca chamou muita atenção no Brasil - você já ouviu rumores sobre shows deles em algum dos festivais? Talvez seja a hora de mudar isso e trazermos a banda para cá com a força de nossos cachês excessivos - que viram ingressos caros, que viram pista VIP, que viram cerveja de sete reais... Eles vão lançar seu novo disco, build a rocket boys!, no dia sete de março. O primeiro single, "Lippy Kids" está no Youtube, numa versão ao vivo que já dá pistas do que virá depois de um álbum tremendo: Seldom Seen Kid.


Por que eles não são tão famosos, apesar de terem muitos fãs pelo mundo e de ganharem dezenas de prêmios? Talvez seja porque sejam meio feios, meio gordos e suas roupas não chamem muita atenção. Ou talvez porque as letras não falam de bebidas, festas ou de depressões adolescentes. Elbow é rock para adultos que não se ressentem de estarem longe da adolescência. Num mundo em que somos obrigados a agir como idiotas, a engolir roteiros imbecis cheios de fantasias que garotos de dez anos inventam em suas cabeças, é quase um pecado querer a seriedade e, principalmente, a sobriedade.

19 de fev. de 2011

O brinquedo do menino


Olha o que acontece quando você tenta apresentar música boa às crianças.

Vi no blog do Montt.

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18 de fev. de 2011

Música da sexta

Jonny Lang canta "Lie to me" em 1997, no auge dos seus 15 anos. Ele canta e toca até hoje, faz uma mistura de blues, r'n'b (no sentido Blues Brothers da palavra) e soul. Ainda é bom pra caramba e é muito melhor que todos esses neo-soul juntos. Feliz sexta-feira pra geral.

Quase resenha: The King of Limbs, do Radiohead

Vamos lá: as impressões sobre The King of Limbs, oitavo disco do Radiohead. Mantém o padrão Radiohead de qualidade, mas não é inesquecível. Deve agradar os fãs, continuar a faze-los encher estádios e festivais pelo mundo, mas não tem o mesmo poder que In Rainbows teve (porque era um disco de rock/pop de altíssima qualidade) ou Kid A (um disco extremamente experimental). Meu favorito continua a ser OK Computer.

1. Bloom
O começo remete a Kid A por causa da batida quebrada sobre uma base eletrônica. Thom York ecoa seus lamentos pela faixa, num fado repetitivo do século XXI.

2. Morning Mr. Magpie
Guitarras aparecem pela primeira vez, acompanhadas pela indefectível bateria de Phil Selway. Uma batida incômoda, rápida, mas não suingada o suficiente para uma pista de dança. Como já é de praxe, as sobreposições de frases musicais e efeitos fazem a faixa evoluir, alternando entre silêncios leves e momentos de histeria harmônica. Fraca.

3. Little by Little
Protagonismo das guitarras e uma batida percussiva e repetitiva, á la In rainbows. Melodia complexa e bonita. Interpretação clássica de Thom York, abusando dos falsetes. Usam a fórmula gasta por eles mesmos de parar a música por alguns instantes a fim de criar clímax e depois retomar o rumo "natural" da dinâmica dos instrumentos. A melodia podia ter sido melhor explorada.

4. Feral
Mais uma vez, citação a OK Computer, o mais enigmático e difícil dos discos da banda. Uma batida parecida com a da primeira faixa, mas mais frenética dá o ritmo para experimentações com efeitos na voz de York. O baixo conduz a parca melodia de três notas.

5. Lotus Flower
Bem Radiohead. Nenhuma surpresa e nenhum arroubo de criatividade. Se no último disco, In Rainbows, a banda preferiu voltar ás guitarras e timbres crus, aqui parece que o eletrônico volta a ganhar força, mas sempre guiado pela melodia. Vocês vão reparar que "Lotus flower" é uma faixa bem pop

6. Codex
Um pianinho reverberante, um naipe de metais, cordas, e a melancólica voz de Thom Yorke garantem o momento "isqueirinho na mão" do disco. Nada demais, mas não incomoda.

7. Give up the ghost
Muito presente em In Raibows, o violão só aparece na penúltima faixa de The King of Limbs. No estilo de uma ladainha, um mini-coro desmaiado de Thoms Yorkes e (possivelmente) Eds O'Briens fica de fundo para um som que pode ser um pistão de vara ou um efeito eletrônico qualquer. Ou até uma guitarra, se você pensar que o Sigur Rós faz as suas soarem como uma orquestra.

8. Separator
Bateria, guitarrinhas fraseando e um baixo espertinho numa melodia pop que certamente vai parar em algum filme da Sofia Coppola. Como todo o disco, não apresenta nada de novo, mas também não compromete.  

Conclusão: vale o download (pago), mas não o pacote com vinil, jornal, etc.

Baixe o disco The King of Limbs.

Chegou!

Antecipando nossa ansiedade, o Radiohead já lançou o novo disco King of Limbs e, de lambuja, divulgou o primeiro clipe no Youtube. A faixa se chama "Lotus flower" e bem parece saída de um disco solo do Thom Yorke. Ele, aliás é a única estrela do vídeo, vestindo um chapéu coco, uma calça jeans dois números menor que o seu e executando dancinhas que deixariam Michael Jackson mordido de raiva.

Baixe o disco do Radiohead

Quanto à música na história: bem Radiohead. Nenhuma surpresa e nenhum arroubo de criatividade. Se no último disco, In Rainbows, a banda preferiu voltar ás guitarras e timbres crus, aqui parece que o eletrônico volta a ganhar força, mas sempre guiado pela melodia. Vocês vão reparar que "Lotus flower" é uma faixa bem pop e bem que poderia estar no filme da Bruna Surfistinha.

Baixado o disco, mais considerações sobre King of Limbs virão. Enquanto isso, dance com o homem do olhar mais desconcertante dos últimos 19 anos.

Ilustração da semana


O maior inimigo dos jornalistas, escritores, publicitários, desenhistas, designers, acadêmicos, pintores: a terrível página em branco. Ilustração do argentino SEVERI.

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17 de fev. de 2011

Lançamento da semana: Atari Teenage Riot


No dia 12 de outubro de 2011, uma das bandas mais importantes dos anos 90 lançará disco novo depois de doze anos de silêncio. O Atari Teenage Riot levou ao extremo e - ouso dizer - quase à perfeição a mistura de rock (punk) com música eletrônica que muito se tentou fazer. Formado por Alec Empire, Nic Endo, Hanin Elias e Carl Crack, o som revolucionário do grupo serviu de embalo para o começo dos anos 2000, época de agitação anti-capitalista que teve nos protestos em Seattle seu maior símbolo em 2000.

"Revolution Action", do disco 60 Second Wipe Out (1999)


No lugar de Carl Crack, (morto em 2001), o MC CX Kidtronik e um novo disco prestes a ser lançado darão vida nova à banda, que já tem feito shows pelo mundo. O álbum se chama Activate, mesmo nome da única faixa inédita lançada desde que o ATR voltou à ativa.

Ouça a nova faixa, "Activate"


Vale a pena acompanhar a volta do ATR. Além do sucesso de crítica da banda, Alec Empire, o cantor principal, DJ e idealizador da coisa toda, é um dos músicos mais impressionantes dos últimos 10 anos. Sempre lançando discos pesados e agressivos, o alemão sabe fazer trilha sonora para protestos. Se não está convencido, veja o que aconteceu em Berlim em 1999:

Só no sapatinho

Capa do disco "Loveless", do My Bloody Valentine
Antes de ouvir esta fantástica playlist só com o melhor do shoegaze, você pode se perguntar: "O que é shoegaze?". Da Wikipédia (e eu concordo):

"The British music press named this style shoegazing because the musicians in these bands stood relatively still during live performances in a detached, introspective, non-confrontational state, hence the idea that they were gazing at their shoes"
Dito isso, acho que é melhor deixar os julgamentos e definições estéticas para o ouvinte. Poderia-se gastar linhas e linha falando sobre guitarras assim e letras assado, mas acho que vai ficar bem claro. O mesmo vale para as bandas. A playlist de TRÊS horas vem da gravadora Type, num podcast feito por um tal de Ning Nong. Procurei mais sobre ele/ela, mas não achei nada.

Divirta-se:

1. Medicine – One More (Creation)
2. Serena-Maneesh – Honeyjinx (4AD)
3. Slowdive – Morningrise (Creation)
4. Arab Strap – Last Orders (Chemikal Underground)
5. Yo La Tengo – Saturday (Matador)
6. Unrest – Imperial (Teen Beat)
7. Moose – Suzanne (Hut)
8. Altar Eagle – Spy Movie (Type)
9. His Name Is Alive – Lip (4AD)
10. Swirlies – Bell (Taang!)
11. Dinosaur Jr – In A Jar (sst)
12. Swervedriver – Duel (Creation)
13. The Verve – Drive You Home (Hut)
14. Blur – Resigned (Food)
15. Pale Saints – Kinky Love (4AD)
16. The House Of Love – Love In A Car (Creation)
17. Ride – Like A Daydream (Creation)
18. The Boo Radleys – Almost Nearly There (Creation)
19. Teenage Fanclub – Alcoholiday (Creation)
20. The Jesus & Mary Chain – Something I Can’t Have (Blanco Y Negro)
21. Interpol – Not Even Jail (Matador)
22. Gorky’s Zygotic Mynci – Where Does Yer Go Now? (Mantra)
23. Mogwai – Year 2000 Non-Compliant Cardia (Chemikal Underground)
24. Sunset – Man’s Heart Complaint (Autobus)
25. Flying Saucer Attack – In The Light Of Time (Domino)
26. Camera Obscura – My Maudlin Career (4AD)
27. My Bloody Valentine – Sometimes (Creation)
28. Swallow – Peekaboo (4AD)
29. Kate Bush – Cloudbusting (emi)
30. Tindersticks – Drunk Tank (This Way Up)
31. Bark Psychosis – All Different Things (Cheree)
32. David Sylvian – Let The Happiness In (Virgin)
33. Cocteau Twins – Ella Megalast Burls Forever (4AD)


Via Dangerous Minds

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Boa, Bill Clinton

Desde que fiquei sabendo das coisas que o Al Gore anda dizendo pelas Campus Party do mundo, fiquei intrigado com a relação entre internet e democracia. Comprei o livro do Evgeny Morozov, "The Net Delusion" e andei conversando sobre o assunto com amigos e familiares.

Eis que me deparo com Bill Clinton e sua defesa das instituições num congresso da Wired e da Fundação Ford, que aconteceu ontem. Indo na direção oposta aos dos "cyber-utópicos", para usar um termo de Morozov, o ex-presidente americano diz que a tecnologia "precisa estar a serviço da construção de instituições que funcionem". Nos países mais pobres e desestruturados, ela pode ajudar o seu fortalecimento; nos mais ricos, na regulação e controle maior dos processos.

Deu como exemplo a crise financeira de 2008, que aconteceu por um relaxamento nas regras de circulação da informação e prestação de contas das empresas financeiras. Ele não chegou a citar o Egito, mas deve ter falado com esse fato na cabeça. E por que é necessário repetir isso? Porque o consenso hoje é o de que a simples introdução de tecnologias de ponta e o modelo de circulação de informação da internet são  instrumentos revolucionários que fazem qualquer ditadura tremer nas bases. Não é verdade. No Irã, apesar dos protestos e de toda a comoção em 2009, o Movimento Verde nada pode fazer contra a perseguição que o governo lhe impôs depois que a poeira baixou. E como conseguiram identificar os responsáveis? Através dos milhares de vídeos, posts e perfis de Twitter disponíveis da internet.

Internet e smartphone não são iguais a liberdade. São iguais a produtos feitos por empresas voltadas ao lucro. O que é sinônimo de democracia são as instituições fortes que garantem os direitos fundamentais do cidadão e a transparência do governo. Para chegar até esse ponto é preciso muito mais do que banda larga e uma câmera embutida. É preciso esforço criativo e um espírito que esteja desejoso de uma cultura democrática.

ATUALIZAÇÃO: E não é que o Alec Duarte, colunista da Folha e dono do Webmanario concorda comigo? Leia o artigo dele sobre o Egito

*Com informações do Fast Company. Agradecimento a Tatiana Weiss

16 de fev. de 2011

Sorrisinho sem-vergonha


Cara de quem aprontou, hein, Sharapova?
Roubei do Damn Cool Pics.

Sorrisinho sem-vergonha

Porque eu imagino que os psicopatas não sejam lá muito envergonhados. Principalmente os que curtem machados.

Here's Johnny!


Um trecho da versão dos Simpsons pra descontrair.


15 de fev. de 2011

Camiseta da semana


O pessoal do esquadrão anti-bombas, quem diria, tem senso de humor. Quero uma dessas. Vi no Semanário.

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Gols da semana


Aprecio a passagem dele pelo Corinthians, claro, mas foram esses dois gols pela seleção que colocaram o Ronaldo na minha galeria de heróis do futebol, junto com o Marcelinho Carioca, Viola, Tevez, Gamarra e Ezequiel. Ah, os anos 2000!



Tá bom, vai. Esse gol do Ronaldo também ajudou bastante. E o vídeo tem a voz do Silvério, o maior narrador de rádio de todos os tempos em que eu estive vivo. "E que golaço".

Tira da semana


Peguei emprestado do blog do Gomez. Adoro trocadilhos.

14 de fev. de 2011

Tá chegando


Já comprou o seu?

Compre!

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São Valentim


Hoje é o dia de São Valentim (Valentine's Day) no Hemisfério Norte (e no Vietnã, aparentemente) e resolvi prestar uma homenagem ao amor, tão nobre e ardido sentimento. O grupo de humor australiano The Axis of Awesome fez um vídeo metalinguístico sobre como fazer uma música de amor. Tem de estar com o inglês afiado para entender todas as piadas, mas vale a pena tentar. Feliz amor para todos.


11 de fev. de 2011

Música da sexta


Para uma sexta-feira "cool" e latina, a faixa "Rio Babel" do Gustavo Cerati. Baita cantor, baita disco (Bocanada).

Camiseta da semana


Vi aqui

Mutantes

Daqui a pouco sai mais um filme do X-Men. Sou viciado nessa série. O quarto episódio volta no tempo e conta como surgiu a academia do professor Xavier. Imaginem só que o Magneto era amigo do Charles. Dia 3 de junho estreia nos EUA. Não deve demorar muito para chegar aqui. Oba.

8 de fev. de 2011

O corpo civilizado

Sigmund Freud em O Mal-Estar na Civilização

"(..) É impossível desprezar até que ponto a civilização é construída sobre a renúncia ao instinto, o quanto ela pressupõe exatamente a não satisfação de instintos poderosos."

O homem sai do estado de natureza, uma condição insegura e incerta, porém, sem expectativas e, portanto, ansiedades (e neuroses, histerias, etc). Associa-se a outros homens para não ter mais de se preocupar com a morte iminente, mas é obrigado a renunciar à condição de animal e passa a desprezar a necessidade imediata. Torna-se, como diz Rousseau, um ser reflexivo, que este chama de condição não-natural.

Pergunto: com base no que construímos nossa sociedade, nossa civilização. Não sou hippie, mas me parece que o que diz Marília Coutinho, 47 e campeão brasileira de levantamento de peso, na Trip de fevereiro (196) não pode mais ser desprezado: "A gente vive em uma cultura que aliena nosso corpo.O indivíduo vê a mente em primeira pessoa e o corpo em terceira pessoa".

Sim, precisamos renunciar e até reprimir certos aspectos da nossa constituição "natural". Mas não devemos perder de vista que a construção feita a partir dos nossos corpos é de fato cultural, social, civilizatória. Nossa noção do corpo e do quanto ele deve ser parte (ou separado) da mente não é uma condição dada por nenhum fator irremediável. Lembremo-nos do que diz Laerte, do que escreveu Judith Butler. Vivemos um tipo de norma corporal que teve a correspondência corpórea construída por uma agenda de interesses, digamos, morais.

Cabe a nós tentar influencia, nem que seja um pouco, as novas possibilidades de apresentação e interpretação de uma verdade supostamente natural. O corpo é o suporte físico e elétrico da mente, que pode (e atualmente deve) reconstruir o corpo.

Play it again, Sam

O som se parece um pouco com o do Lemonheads. Talvez alguma coisa de Nada Surf. Sam Roberts, canadense, sabe fazer rock/pop muito bem. Hoje com 36 anos, começou a carreira em 2001 e continua lançando discos muitíssimo bem-feitos. Rock direto, melódico, com influências de country aqui, soul ali e uma guitarra bem-tocada em todos os lugares. É um daqueles artistas que passam em branco no Brasil e provavelmente nunca vão fazer show por aqui. Mas, como o Nada Surf, que merecem ser acompanhados porque sempre lançam um bom disco, ainda que não se trate de nada genial.

Veja o clipe de "Where Have All The Good People Gone?"



Sam Roberts mora aqui: http://samrobertsband.com/

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Recomendo: Café Espacial nº 8



Não sei definir bem se a Café Espacial é fanzine ou revista de cultura. Um misto dos dois, eles já estão no heróico oitavo número, que acaba de ser lançado. Como eles são muito legais, sempre me mandam a edição nova e eu recomendo. Para comprar, é do jeito analógico mesmo: pagando no banco ou por vale-postal. Ou indo aos pontos de venda (a HQMix em SP, por exemplo).

Vale a pena acompanhar o blog deles também:
http://cafeespacial.wordpress.com/

Lendo agora


"(...) os homens observam, imitam seu engenho e elevam-se até o instinto dos animais, com a vantagem de que cada espécie tem apenas seu próprio instinto, enquanto o homem, não tendo talvez nenhum que lhe pertença, apropria-se de todos (...)"

Jean-Jacques Rousseau

5 de fev. de 2011

Rap da revolução

Segundo reporta o Dangerous Minds, o primeiro rap saído depois do começo dos protestos no Egito saiu recentemente. A banda Arabian Knightz soltou a faixa "Rebel", que tem samples da Lauryn Hill. A respeito dos acontecimentos dos últimos 12 dias, um dos integrantes, chamado Rush, postou o seguinte no Facebook antes do governo derrubar tudo por lá:
Alguns artistas indie já lançaram canções contra a opressão e essas canções foram usadas em campanhas de vídeo [como a da marcha de 25 de janeiro], chamada "Dia da raiva". Alguns de nós foram para as ruas para participar no dia 25. Agora estamos nos estúdios fazendo músicas sobre isso para ter certeza de que o fogo da revolução não seja apagado pelo medo.


Como bem disse o Dangerous Minds, essa é a prova de que nem mesmo o autoritarismo é capaz de parar que quer se expressar hoje em dia. Esse é um bom tema para discussão, aliás. Mais lenha nessa fogueira. Mas que no Egito nada mais pegue fogo e a ditadura caia sem que mais sangue seja derramado. Torcemos muito.

Sábado

Nesses momentos de êxtase preguiçoso, nosso cérebro nos permite voltar à infância e ouvir no fundo da mente as músicas do passado. No meu caso, foi uma música do primeiro disco do Metallica. Ah, a glória da poesia!