28 de jan. de 2011

Sorrisinho sem-vergonha

Até você. De Niro?

Via Quality Peoples

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Primeira playlist do ano: Janeiro

Os galãs quase mexicanos do Los Lobos

Fiquei um tempo sem fazer playlists, mas agora que o Grooveshark resolveu acabar com seus bugs, elas voltam! Vou começar o ano com mais um compilado sem sentido de faixas que passaram pelo iPod desde os primeiros dias de janeiro. O estreante Marcelo Jeneci começa a lista, seguido por Dr. John, Los Lobos, e Black Mountain; começando a parte mais hardcore da sequência, os americanos clássicos do Husker Du e duas bandas inglesas, Leatherface e Bromheads Jacket (que abriu os shows do Pixies em 2010). Lembrando que não trabalhamos com a necessidade de listar todas as novidades. Feliz 2011.


                           
                         

Black Francis do dia


Ô, home lindo!
Do último e fantástico disco dele, NonStopErotik vem a épica "Dead man's curve". Grite com Frank:

                           

27 de jan. de 2011

Batendo cabeça com deus



Se o heavy metal é coisa do diabo, o que diabos esse cabeludo está fazendo batendo a cabeleira no corredor da missa? Deus escreve "metal" por linhas tortas?

Via Christian Nightmares

Empregos do dia


Anúncio na vitrine de uma loja de móveis na rua Teodoro Sampaio, zona oeste de São Paulo.

Boom da economia ou falta de mão-de-obra qualificada? Os empregos florescem pelo país, como cogumelos após uma temporada de chuva. Duas matérias mostram um pouco do que está acontecendo:

"Desemprego em 2010 fica em 6,7%, menor taxa desde 2002", na Folha

"Falta de mão de obra reduz exigências nas contratações", no Estadão

E a trilha sonora para o post é "We are all bourgeois now", da banda inglesa McCarthy.

                          
"But we are all bourgeois now
Once there was class war
But not any longer
Because baby we are all bourgeois now
So go out and make your way in the world"
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26 de jan. de 2011

SilvioLeaks


Vazou a fantasia de Carnaval do Silvio. Oi, patrão!

Assange entrevistado por brasileiros


A jornalista Natália Viana, representante brasileira no Wikileaks, organizou um entrevista por e-mail com Julian Assange. Só leitores do Brasil puderam mandar perguntas (foram 350) e as doze selecionadas estão no blog de Viana. Para quem se interessa por esse assunto - e quem não se interessa? - essencial.

Apesar de algumas frases vagas, a sabatina virtual deu um pouco mais de detalhes sobre o funcionamento dos bastidores do Wikileaks e da cabeça de Assange. Só falta o Roda Viva agora.

Julian Assange responde a perguntas de brasileiros (Blog da Natália Viana)

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Sorrisinho sem-vergonha


Dose tripla. Achei aqui

25 de jan. de 2011

Domingueira

Subi aqui mesmo, não tem no Youtube. É uma música menos conhecida dos Demônios da Garoa. Tira um certo sarro da Amélia do Chico Buarque Mário Lago:
"Não sou Amélia por isso vou tratar de mim"
Viu, crica aí embaixo, no prêi.


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Nostra Simpsons

Vi hoje no Gizmodo que chegou aos supermercados americanos a esquisita mistura de pizza de pepperoni com cookies. As barreiras estão sendo cruzadas e nada será deixado inteiro se não pararmos com isso. Sim, você que come pizza de chocolate, é sua culpa.

Mas não quero entrar nesse mérito. Meu raciocínio aqui é para provar que as previsões dos Simpsons se tornam realidade. No décimo quarto episódio da quinta temporada (17 de fevereiro de 1994), Homer tira do armário a seguinte iguaria industrializada:
"Amendoim e chiclete: finalmente juntos!"
O porvir me enche de paúra.

21 de jan. de 2011

Tamo junto, Tuba

Tubarões são daltônicos, sugere estudo. Entendo sua dor, meu caro amigo peixe assassino. Mas pelo menos você não precisa comprar suéteres. Pense nisso quando estiver estrangulando um golfinho verde ao invés daquele cinza que você gosta.

20 de jan. de 2011

Gibi na parede

Antes de entrar na Trip eu não ligava muito para grafite. Olhava as paredes de São Paulo e não me diziam nada. Depois de entrevistar alguns dos artistas e conversar com companheiros de trabalho que gostam e "praticam" a arte urbana (alguns picham também, mas essa é outra história), acabei pegando gosto pelas pinceladas e jatos de spray.

O trabalho de Tito já rendeu um livro e um gib; mais está por vir
Surpreendentemente, meu mais recente entrevistado não mora em São Paulo como a maioria dos artistas com quem falei. Tito é nova-iorquino radicado no Rio e criou uma série de desenhos que usa a linguagem do HQ e o suporte do grafite. Seu Zé Ninguém se espalhou pelo Rio enquanto procura Ana, sua amada.

Alberto Serrano, seu nome verdadeiro, fala em português quase perfeito, cheio de "cara", "maneiro" e um leve sotaque americano. Falou comigo por telefone logo depois de ser pai pela primeira vez. Logo depois mesmo.

"Quadrinho de rua", entrevista com Alberto Serrano aka "Tito" (Trip)

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Nova música do Best Coast

O Best Coast lançou um compacto ("split") com banda Jeff and The Brotherhood, patrocínado pela Volcom, e nele está a nova faixa "Sunny adventures". Mais da beleza surfista shoegazer que o disco de estreia da banda já nos trouxe. Deve ser sobra de estúdio, mas poderia estar no álbum sem problemas.




Via Gorilla vs. Bear

Internet e (falta de) liberdade

Algumas pessoas disseram que o texto do post anterior sobre internet e liberdade estava um pouco vago. Concordo. São formulações ainda não bem-formuladas, por mim nem ninguém. Não sabemos das totais possibilidades da internet, como saberemos de seus impactos sociais e políticos? Isso não nos impede de pensar e - principalmente - errar. Mas não devemos desistir de tentar.

Um dos que anda pensando e escrevendo sobre isso é o Evgeny Morozov, colunista da Wired. Outro dia topei com o artigo "Why the internet is a great tool for totalitarians" ("Por que a internet é uma ótima ferramenta para [regimes] totalitaristas"). Aqui, Morozov não só lida com os meios opressivos de controle da internet, como censura explícita e controle de servidores, mas também com a informação que circula "livremente" por redes sociais e afins. Esses dados podem servir para achacar opositores sem grandes custos e sem dispender a inteligência que era necessária na época da Guerra Fria: espiões, agências enormes, interceptações telefônicas.

Mais uma vez, não quero dar uma resposta definitiva. A democracia já era um assunto complexo sem a internet, ficou mais difícil (e divertido) pensá-la com a rede em ação. No entanto, ainda acho que nosso foco deve sempre ser o mundo real e suas instituições. Vejo uma grande pressa em transferir todos os nossos esforços de cidadania para o terreno virtual, um que ainda é relativamente desconhecido e pouco regulado.

Veja dois trechos do texto de Morozov e leia o artigo inteiro, vale a pena:

Calling China’s online censorship system a “Great Firewall” is increasingly trendy, but misleading. All walls, being the creation of engineers, can be breached with the right tools. But modern authoritarian governments control the web in ways more sophisticated than guard towers.

(...)

Superpowers like China have to engage with the global economy. So for them, the best censorship system is the one that censors the least. Millions of people already disclose intimate social data on Facebook, LinkedIn, Delicious, and their Russian and Chinese alternatives—and that’s all the data governments need to pick the right target.

"Why the internet is great tool for totalitarians", de Evgeny Morozov (Wired)

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19 de jan. de 2011

Nada disso, Al Gore


O ex-vice-presidente dos EUA e ativista digital e ambiental (?) Al Gore disse ontem na Campus Party que a "internet é democracia e não pode ser controlada". Lindo. Esse é o discurso mais defendido atualmente, o de que a rede mundial é um território onde as informações devem correr livres e soltas, sem interferência de corporações, governos ou qualquer um. Eu acho que ele está enganado.

Quanto à questão da liberdade, estou com Gore, sem dúvida. Equivocada - de propósito ou não - está a ideia de que a internet por si própria é livre e assim deve ser. Bom, a verdade é que ela pode até ter nascido assim, mas isso acontecia por falta de recursos tecnólogicos, de maneiras eficientes para barrar acessos a conteúdos. Isso mudou, já sabemos bem. Fora a pressão feita por governos pela disponibilização de dados confidenciais.

Outra pergunta importante é: por que a internet deve ser tão livre assim, mais livre até do que o mundo real? Considero desejável que exista de fato a mesma liberdade que o mundo virtual oferece. Não entendo o porquê de sempre se defender piamente a circulação de informação pelas vias tecnológicas e esquecer que talvez a palpabilidade não esteja no mesmo patamar. Dirão alguns: "Mas o nosso mundo está baseado na informação digital hoje". Bem, nosso mundo se baseou em muitas formas de armazenamento de informação. A democracia grega tão (erroneamente) citada como modelo de igualdade política, mal mantinha registros escritos e seu legado sobreviveu firme (mais ou menos).

Do que se trata isso, então? Para mim, de um modelo de sociedade. A transparência não deve se limitar à internet. Não devemos discutir a mudança dos paradigmas de direitos autorais somente para ebooks e mp3. Por que não nos perguntarmos o que está em jogo ao invés de colocar toda a discussão nas plataformas e - no limite - nos equipamentos?

E toda vez que volto ao cerne da questão, volto à pergunta: "Que modelo de sociedade queremos construir?". Esqueçam o iPad, a NET, a Verizon, foquemo-nos no processo todo, nos processos econômicos, sociais, nas manufaturas chinesas. Onde está nossa liberdade?

O modo como ela será construída na internet depende, acredito, em todo o resto. Se alguém pode me acusar de querer desviar a discussão de um processo específico, tenho outra acusação pronta na agulha: estão reificando (fetichizando) a tecnologia para que as pessoas percam justamente a noção de que vivemos processos sociais. Não acreditem que "os gadgets são nossos pastores e nada nos faltará".

Vida pós-internet

Uma questão que tem me preocupado é o que acontece com nossos dados digitais depois que morrermos. A revista do New York Times não só respondeu a todas as questões que eu tinha, como me trouxe novas questões - e preocupação. Uma puta reportagem cheia de dados, personagens e considerações. Com certeza a melhor peça jornalística que li nos últimos tempos. O responsável é Rob Walker, colunista do jornal. Para quem gosta de bom texto, ótimas reportagens e se preocupa com a vida digital após a morte.

"Cyberspace when you're dead", de Rob Walker (NYT)

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18 de jan. de 2011

Gatinhos e Best Coast

Uma das novas bandas mais legais que apareceram em 2010, o Best Coast continua acertando. Depois de ter um Ronald McDonald macabro no clipe de "When I'm with you", agora a banda colocou gatinhos para dirigir o vídeo da faixa "Crazy". Bem bonitinho. E vai fazer muito sucesso na internet, já que gatos parecem ser uma obsessão sem fim nos fóruns e tumblrs (e no Youtube). Uma belezinha. Ah, e a música é ótima. Saiu do disco de estreia "Crazy for you", que tem um gato na capa, claro.

Sorrisinho sem-vergonha


Vi aqui.

Novo da PJ Harvey

Single novo da PJ Harvey: "Words that make you murder". Depois do álbum "White chalk" ela nunca mais foi a mesma, indo para um lado menos Pixies e mais Beatles e low-profile. Se o disco for no tom dessa música, ótimo. Não gostei do último álbum e essa faixa já tem mais vigor. E reparem como ela está cantando como a Yoko Ono. Verdade.



Para comprar o compacto, vá ao site da Rough Trade

Via Dangerous Minds

11 de jan. de 2011

Blog da semana

É uma bobagem que faz você perder uma boa meia hora de trabalho: o blog Monkeys you ordered tira as legendas dos cartuns da New Yorker e as subsitui por outras, literais. Porque as bobagens mais insignificantes são as que provocam os risos mais altos. Eu ri.


"Eu tive que trabalhar enquanto pulava de para-quedas"


Clique e ria: http://www.themonkeysyouordered.com/

Sorrisinho sem-vergonha



Emprestado de Tarnished Angels

9 de jan. de 2011

Domingueira



Pavement - "Spit on a stranger"

7 de jan. de 2011

5h60



Série de fotos de Duane Michaels chamada "Things are queer". Para saber mais, vá a esse site. Roubei tudo do Dangerous Minds, pra variar..

Sorrisinho sem-vergonha


4 de jan. de 2011

5h60

Depeche Mode - "Enjoy the silence" (1990)



Nada Surf - "Enjoy the silence" (2010)

Arame novo

Os lendários punks-artistas dos anos 70 Wire acabaram de deixar seu disco Red Barked Tree disponível para audição em streaming no site do The Guardian. É o décimo-segundo álbum do trio, que lançou em 1978 um dos maiores clássicos do rock, Chairs missing - um dos meus favoritos de todos os tempos.

Numa primeira audição rápida já deu para dizer: é um ótimo disco. A mistura de esquisitices com música pop e punk dos 1970 foi atualizada pelo trio e soa saudosa mas contemporânea. Meu medo era que parecesse um disco de gente saudosa do passado, mas os britânicos do Wire souberam envelhecer muito bem. Vale ir atrás. O disco ainda não foi lançado oficialmente, mas aposto que é fácil de achar (na internet).

Ouça o disco Red Barked Tree do Wire

E veja um vídeo deles tocando "Another the letter" em 1979, do disco Chairs missing.

3 de jan. de 2011

Single novo do REM

O REM vai lançar seu disco novo só daqui a dois anos, mas o site da NPR já tem o novo single do álbum Collapse into now  (capa acima) para ser ouvido em streaming. Formada em Athens, Georgia nos anos 80, eles não costumam errar e sempre fazem músicas minimamente agradáveis e bem-feitas. Ouvindo "Oh my heart", já dá para ficar empolgado. Além da baladinha meio folk e irlandesa ser muito boa, participações especiais serão atrações no disco. Tem Patti Smith, Peaches, e o Eddie Vedder. Já temos um sério concorrente para o melhor disco de 2011. Sim é um exagero precipitado dizer isso, mas não é mentira.

Ouça o single "Oh my heart" do REM

Tá valendo


Hoje é o primeiro dia do governo da presidenta Dilma Roussef, primeira mulher a governar o Brasil. Ainda no clima da posse do dia 1º, o blog Olhar sobre o mundo fez uma compilação de fotos muito bonitas da Agência Estado feitas na cerimônia de sábado. Clique aí embaixo.

Fotos da posse da Dilma

2 de jan. de 2011

Sete bilhões



Esse é o número de habitantes que a Terra vai alcançar em 2011. O vídeo da revista National Geographic anuncia uma série especial de reportagens que serão publicadas em durante este ano e foi feito para ser viral. Cheio de dados, letras caindo, virando coisas, se expandindo, números explodindo na tela e uma música estilo Philip Glass para acompanhar. Minimalismo à toda.

Propaganda esperta da revista, que me deixou com vontade de ler as tais reportagens. Só espero que sejam mais profundas do que o videozinho esperto.